Nos últimos anos, os agonistas do receptor de GLP-1 — como semaglutida, liraglutida, dulaglutida e tirzepatida — se tornaram populares no tratamento de obesidade, diabetes e na busca por emagrecimento saudável. Ao mesmo tempo, a toxina botulínica permanece como um dos procedimentos estéticos mais realizados no mundo.
Uma dúvida que começou a surgir entre profissionais e pacientes é:
“Será que o uso de GLP-1 pode fazer a toxina durar menos?”
Um estudo recente, publicado em 2024, buscou investigar essa relação. Embora ainda não existam evidências clínicas reais, os pesquisadores fizeram uma modelagem computacional simulando milhares de pacientes para entender como o corpo poderia reagir quando os dois tratamentos acontecem juntos.
O que o estudo mostrou?
Através de simulações avançadas, o uso de GLP-1 parece estar associado a uma leve redução da duração da toxina botulínica — tanto em indicações estéticas quanto neurológicas.
Resultados simulados:
• Na estética (masseter):
Duração média caiu de 20 semanas para 16–17 semanas
• Na neurologia (migrânea crônica):
De 14 semanas para 12–12,5 semanas
Isso significa que, em tese, alguns pacientes em uso de GLP-1 poderiam sentir o efeito da toxina desaparecer um pouco antes.
Por que isso pode acontecer?
O estudo sugere três possíveis explicações:
O GLP-1 pode alterar certos sinais químicos nos neurônios, influenciando a forma como a toxina age na junção neuromuscular.
O emagrecimento rápido modifica volumes e estruturas — e isso pode alterar a difusão da toxina.
Pacientes com perda de peso acelerada podem apresentar mudanças nas vias de metabolismo e distribuição de medicamentos.
Mas atenção! Nada ainda é definitivo.
É importante reforçar:
O estudo não avaliou pacientes reais. É uma simulação.
Ou seja, não é motivo para alarme nem para mudança de protocolos clínicos.
O que isso significa para pacientes que usam GLP-1?
No momento, significa apenas:
• Seu médico deve saber que você usa GLP-1.
• Se você perceber que a toxina “durou menos”, isso pode ter relação com o medicamento — ou não.
• É algo para monitorar, não para se preocupar.
• Estudos clínicos reais ainda são necessários.
Para quem está em tratamento estético, saúde e segurança continuam sendo prioridades — e essas informações apenas ajudam a personalizar ainda mais seu cuidado.
Se você usa GLP-1 e faz toxina, converse com seu médico. Personalizar é sempre o melhor caminho.
POR: Dra. Joise Wottrich
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