Como alternativa, algumas estratégias nutricionais são eficazes para reduzir os problemas causados pela menopausa. Continue lendo para conhecê-las.
O que acontece com o corpo quando entra na menopausa? A menopausa está associada a diversas alterações no corpo feminino como aumento da obesidade, doenças cardiovasculares e osteoporose. E por que isso acontece? Basicamente, por conta da diminuição dos hormônios sexuais, estrogênio e progesterona.
Em primeiro lugar, a redução dos níveis de estrógeno diminui a massa magra e aumenta a massa gorda. Assim, mais gordura passa a se acumular nos depósitos centrais e ocorre um aumento do IMC e da adiposidade central.
A privação do estrogênio também provoca aumento do tônus vascular e prejudica a vasodilatação, aumentando a pressão arterial. Além disso, a sensibilidade ao sódio aumenta durante a transição para a menopausa, levando à retenção de líquidos. Esses mecanismos contribuem para um maior risco cardiovascular.
Por fim, o declínio dos hormônios reprodutivos também diminui a densidade mineral óssea, fator de risco para o desenvolvimento da osteoporose.
Quais são os sintomas da menopausa?
A partir do climatério, período que antecede a menopausa, muitos sinais podem começar a aparecer. Eles podem durar um ou vários anos, sendo que a quantidade e a intensidade varia de mulher para mulher.
Em suma, os principais sinais e sintomas da menopausa são:
Menstruação irregular e/ou abundante;
Ganho de peso;
Ondas de calor;
Suor noturno;
Irritabilidade/mau humor;
Falta de concentração e memória prejudicada;
Aumento da pressão arterial;
Alterações no perfil lipídico (aumento no LDL-colesterol e triglicerídeos, diminuição do HDL-colesterol);
Dor de cabeça;
Dores nas articulações;
Dificuldade para dormir;
Baixa libido;
Secura vaginal;
Relação sexual dolorosa.
Como a alimentação pode ajudar na menopausa? Uma dieta saudável pode ajudar a reduzir a gravidade dos sintomas da menopausa. Além disso, também protege contra problemas de saúde associados a esta fase.
Assim, algumas estratégias nutricionais são defendidas pela ciência como forma de contrabalancear os efeitos negativos do declínio dos hormônios sexuais. Veja a seguir.
Fitoestrógenos
Os fitoestrogênios são muito semelhantes ao estrogênio humano. Se ingeridos regularmente e em quantidades suficientes, eles podem começar a ter efeitos levemente semelhantes ao estrogênio – o que é útil quando os níveis de estrogênio diminuem. Além disso, também são benéficos para o coração.
As fontes de fitoestrógenos (isoflavonas ou lignanas) incluem:
Soja;
Tofu;
Linhaça;
Edamame;
Vagem;
Lentilha;
Grão-de-bico.
Para que os benefícios dos fitoestrógenos sejam notados, pode levar de dois a três meses. É mais interessante consumi-los várias vezes ao dia, do que em uma única grande dose.
Dieta mediterrânea
Na menopausa, a adoção de um padrão de dieta mediterrânea pode trazer inúmeros benefícios.
Por atuar diretamente nos fatores de risco para o catabolismo muscular (estresse oxidativo, inflamação e resistência à insulina), os componentes da dieta mediterrânea têm sido associados a melhores medidas musculares em mulheres na pós-menopausa.
Além disso, esse padrão dietético também está positivamente associado à densidade mineral óssea em mulheres pós-menopausa. Estes benefícios podem ser resultado do alto conteúdo de carotenóides, vitamina K e vitamina C.
Por fim, a dieta mediterrânea também reduz os riscos cardiovasculares, com diminuição na pressão arterial e nos níveis de colesterol.
POR: Dra. Joise Wottrich
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